sexta-feira, 20 de abril de 2007

Hoje acordei assim...

Persistência da Memória, 1931 - Salvador Dalí

Love, amor, amore. A língua muda, mas a necessidade é a mesma. A persistência vem disso, da palavra necessidade...

Essa pequena tela é uma das obras de arte mais famosas do séc. XX. As imagens flácidas dos relógios que se dobram, mas não se desfazem, evocam a obsessão humana com a passagem do tempo e com a memória. A paisagem de fundo lembra o Port Lligat, próximo de Figueres, onde Dalí nasceu e viveu. Mais tarde, Dalí diria que o tema dessa tela surgira quando meditava sobre a natureza do queijo camembert... Ao longo do tempo, no entanto, essa obra deu margem a numerosas e variadas interpretações. A idéia da passagem do tempo está presente em várias outras obras de Dalí inclusive em um curioso relógio feito por ele, em 1949, chamado o olho do tempo. As cores são muito transparentes. O desenho é de grande precisão. Embora essa tela seja, de acordo co as concepções surrealistas, a representação real de objetos irreais, não é de maneira alguma realista, quanto mais não seja pelo aspecto estático das coisas, e pela luz fria e estranha que as banha. Os objetos têm entre si associativas e enigmáticas, tal como em certos sonhos...


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