quinta-feira, 29 de novembro de 2007

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terça-feira, 27 de novembro de 2007

How to fight


Wilco - How to fight loneliness

"And the first thing that you want
Will be the last thing you’ll ever need
That’s how you fight it".
Just smile all the time

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sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Ain't Got No


Nina Simone in Ain't Got No - I Got Life

Faz um mês que entendi o verdadeiro sentido desta música. E o milagre do “foda-se” aconteceu pra mim. Sim, ele é possível. Mas confesso que, vez ou outra, o que sei vacila. É um aprendizado muito difícil. Na verdade, ninguém pode roubar alguma coisa de mim. Tudo está enquanto precisa estar. Uma vagabunda pode tentar a sorte com um abraço na madrugada, mas ela não pode roubar o que eu não tenho. O que eu tenho é um entendimento meu, uma dádiva, uma energia. É a minha sintonia com as coisas e pessoas. Por isso, é impossível roubar o que eu tenho.
Got life,
I got my freedom
I got my life.

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quarta-feira, 21 de novembro de 2007

I found my hero


Cate Blanchett in Bandits, 2001.

Admito: cozinhar não é o meu forte. Meu forte mesmo é comer. Mas, vez ou outra, quando me aventuro entre as panelas, faço como a Cate. Pra mim, cozinha também é lugar de dancinhas esquisitas e de músicas pra cantar junto. Sem dúvida uma das melhores cenas do filme.

Nota solta: a canção é de Bonnie Tyler e chama-se: Holding Out For A Hero.

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terça-feira, 20 de novembro de 2007

This old world is a new world


Sleep in peace when day is done
That's what I mean...

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sábado, 17 de novembro de 2007

O ovo & ela

New York 1946, Elliot Erwitt

A recordação da felicidade já não é felicidade.
A recordação da dor ainda é dor.

Lord Byron

Ela tinha um ovo. Era só um ovo, que estranhamente viu crescer em seu pé esquerdo depois de um dia exaustivo de trabalho. Inflamação, diagnosticou o médico. E ela aceitou que fosse. Durante toda a semana anterior, ela conviveu com o ovo fazendo compressas, massageando e passando pomada na tentativa de amenizar a dor. Doía muito. Ela sentia cada milímetro do ovo. A identificação aconteceu naturalmente. Ela não podia mais andar. Encostar o pé no chão era um suplício! Foi quando resolveu tomar a medicação.

Tentou inutilmente telefonar para os amigos, não estavam. Nem online, pasmem! Todos “busy” demais, pensou. O mundo não parou com ela. Nem para ela. Foram dias de exclusão social: não podia beber nem sair. Ela gostava de uns goles mais quentes, gostava do torpor, de ver gente arrumada na noite, da meia luz, mas não podia beber nem sair. E sua vida foi se resumindo ao “não poder”. Não podia isso, não podia aquilo. Era só ela e o ovo. O ovo e ela.

E toda aquela impossibilidade se transformou em comida e sono. Dormia horas a fio. Só queria saber de dormir. Comia, tomava o remédio e dormia. Não parecia querer perceber as mudanças no seu corpo. E não percebeu, porque não estava ali. Ou melhor, não queria estar - ela estando.

E foi assim por sete longos dias. Até que, sem querer, ela se despediu do seu – fiel – amigo ovo, sem lhe dizer adeus.
(Adriana Schimit)

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domingo, 11 de novembro de 2007


Das coisas que eu não entendo:






1) Por que as pessoas não separam o dinheiro do ônibus se sabem que vão pegar o ônibus?
2) Ônibus lotado: por que as 'tias gordas' insistem em entrar com as sacolas de compras?

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sexta-feira, 9 de novembro de 2007

A Dieta de Úrsula

Tome partido. Neutralidade ajuda o opressor, nunca a vítima. Silêncio encoraja o torturador, nunca o torturado.
Elie Wiesel

Úrsula era ansiosa. Sabia que o verão se aproximava e que não estava em forma. Com uns quilinhos a mais, sonhou dias e dias com a dieta perfeita. Essa semana resolveu ir ao médico. Trêmula, nitidamente apreensiva, só tinha um único objetivo em sua mente: um remédio de tarja preta.
Chegou o dia. No consultório, a espera matava Úrsula. Ela estava inquieta e não conseguia posição confortável na cadeira. Mexia para um lado e para o outro, ajeitava o vestido, passava os dedos entre o cabelo, olhava para o nada. Os minutos não passavam. O médico se atrasara. “Cadê esse, puto?”, pensou. E nada do médico chegar. Até que ele chegou. Úrsula era a primeira da lista de espera. Sem titubear, levantou-se e ficou fitando a porta do consultório como uma cadelinha que olha o frango no espeto da padaria. Era chegada a sua hora. Hora boa. Distraidamente, ela entra e deixa a porta aberta...
- Bom dia.
- Bom dia, doutor - responde calmamente.
- Úrsula é o seu nome, não é?
- Sim, é.
- Pois bem, Úrsula, conte-me o que lhe aflige...
- Então, doutor, estou muito acima do meu peso e gostaria de um remédio que pudesse ajudar a moderar o meu apetite...
- Você tem muita fome, Úrsula?
- Sim, bastante. Pareço uma vaca no seu último dia de vida – descontraídos, os dois riram.
- Mas acredito que com uma dieta, você consiga o peso desejado.
- Não, doutor, o sr. não está me entendendo, quero um remédio que modere meu apetite. Preciso de um! Não posso me controlar nesse momento...
- Mas com uma dieta equilibrada, Úrsula, você vai conseguir – a longo prazo – os resultados que espera. Mas é preciso, também, fazer exercícios. Você faz exercícios?
- Sim, doutor, pratico natação no meu condomínio. Mas puxar ferro? Isso eu não faço não.
- Tudo bem, Úrsula, praticar esportes é muito importante...e esse já é um começo. Vou fazer uma dieta agora para você.
Nesse momento, o médico voltou-se para o computador e começou a redigir a receita com a dieta. Úrsula, inconsolada, na sua última tentativa pergunta – nitidamente – sem paciência:
- Mas, doutor, e o remédio?
- Sem remédios, Úrsula! Sem remédios...
Louca, ela grita e gesticula de forma agressiva: então, doutor, e o que faço com o biquini que comprei pra esse verão? Faço o quê? Enfio no seu cú?
O médico fica estático, sem querer acreditar no que vê e escuta. Ela continua.
- E a casa em Angra que aluguei, hein, hein? Como fica?
- E o dinamarquês que vem me comer? Isso o sr. não pensou, né, não? Passa logo essa porra de remédio a-g-o-r-a!
- Calma, sra. Úrsula...calma!
- Que calma o quê?!
Nisso, Úrsula visualiza onde estão as guias azuis sob a mesa. Fita seu objetivo de desejo como se sua vida dependesse de uma única cor, a azul. E num ato impensado, ela levanta bruscamente, pega o talão de receitas, e sai correndo do consultório para nunca mais voltar.
(Adriana Schimit)

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Este blog adverte: o nome é fictício, mas a história pode ser real.

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Música do blog de hoje: Jamie Cullum – "High And Dry".

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quarta-feira, 7 de novembro de 2007

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

If you're leaving will you take me with you?


OASIS - Stand by me

Certos clips são clássicos e valem pelo visual - esse é um deles. Apesar do belo refrão: “stand by me - nobody knows the way it's gonna be”, a melodia apenas embala a história vivida por 2 japinhas. E diferentes de outros clips da dupla, a imagem dos irmãos
Gallagher não aparece e isso apenas soma às qualidades do vídeo.
Excelente...
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domingo, 4 de novembro de 2007

O caminho do BEM

"Quando amamos, queremos que nossos defeitos permaneçam ocultos, não por vaidade, mas porque o objeto amado não deve sofrer. Sim, aquele que ama desejaria aparecer como um deus, e isto não por vaidade".

Friedrich Wilhelm Nietzsche

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sábado, 3 de novembro de 2007

O desbarato mais absurdo

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O desbarato mais absurdo não é o dos bens de
consumo, mas o da humanidade: milhões e milhões de seres humanos nasceram para ser trucidados pela história, milhões e milhões de pessoas que não possuíam mais do que as suas simples vidas.

De pouco ela lhes iria servir, mas nunca faltou quem de tais miudezas se tivesse sabido aproveitar. A fraqueza alimenta a força, para que a força esmague a fraqueza.

(José Saramago)

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